EXISTE RELAÇÃO ENTRE O USO DE MOTOCICLETAS E O SURGIMENTO DE MASTALGIAS EM TRABALHADORAS? UM ESTUDO DE CAMPO
Palavras-chave:
Mastalgia. Motocicletas. Traumas.Resumo
Objetivo: Avaliar a existência de relação entre o uso de motocicletas e o surgimento de mastalgias em trabalhadoras.
Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo, realizada com 116 funcionárias do Centro Universitário de Patos. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário, composto por questões objetivas. Analizaram-se os dados no software Statistical Package for the Social Sciences. Para a caracterização geral da amostra, utilizou-se à estatística descritiva (frequência relativa e absoluta). Posteriormente, recorreu-se a estatística inferencial com correlações de Pearson, para variáveis quantitativas e correlação de Spearman, se não paramétricas.
Resultados: Observou-se que a amostra foi composta, majoritariamente por professoras e secretárias, com idade entre 30 e 49 anos. Quanto aos dados do trabalho, 91,4% trabalham cinco dias ou mais por semana, com tempo de trabalho entre oito e dez horas por dia (81,9%). Ademais, não foi observada correlação entre o uso de motocicletas pelas pacientes e o desenvolvimento de mastalgia, visto que 41,4% das condutoras de moto apresentam mastalgia e 45% das mulheres que não são condutoras ou não usam moto como meio de transporte relataram mastalgia.
Conclusões: Não houve relação entre mastalgia e o uso de motocicletas pelas funcionárias pesquisadas, sendo mais evidente a relação com o ciclo menstrual. Faz-se necessário um novo estudo em que possa acompanhar por um período maior de tempo as mulheres que utilizam moto, sugerindo que elas passem a observar e anotar os dias em que sentiram dor na mama e se fez uso de moto naquele dia.