PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA, 2017-2019
Palavras-chave:
Sífilis congênita; Saúde materno-infantil; EpidemiologiaResumo
Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica da sífilis congênita no estado da Paraíba no período compreendido entre 2017 e 2019, destacando os benefícios da assistência pré-natal qualificada na prevenção desse agravo.
Métodos: Trata-se de um estudo de caráter retrospectivo, com abordagem quantitativa. O estado da Paraíba tem população estimada de 4.039.277 pessoas, sendo a população desta pesquisa compreendida por todos os casos notificados de sífilis congênita no estado, totalizando 1.124 casos. Foi utilizada como fonte de dados o SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), considerando os registros entre 2017 a 2019.
Resultados: Foram notificados 1.124 casos de sífilis congênita no período estudado, sendo 90,9% diagnosticado com SC recente. Em relação às gestantes, a maioria possuía idade entre 20 e 29 anos (53,5%), até 7 anos de estudo (36,8%) e eram pardas (84,7%). Quanto à assistência à saúde, 87,1% realizaram pré-natal, tendo o diagnóstico de SG em 51,0% dos casos, sendo o tratamento materno considerado inadequado em 65% dos casos.
Conclusões: Apesar da redução discreta de casos na Paraíba nos últimos três anos, ainda existem falhas em diversos pontos de atenção à saúde, em especial na assistência pré-natal, no que tange à prevenção da transmissão vertical e ao manejo adequado da sífilis congênita, evidenciando a necessidade de melhoria da qualidade da assistência pré-natal e da notificação de casos, além da intensificação das ações educativas sobre ISTs para alcançar o controle da sífilis congênita.